Furacão 2000 na Fm O Dia, foi a primeira convidada da coluna do locutor no jornal Meia Hora.
Aqui você confere a entrevista completa:
Ricardo Gama: Priscila, eu sei que você é uma advogada. Agora me explica: como alguém que faz direito vira apresentadora de um programa de funk?Priscila Nocetti: Eu virei apresentadora primeiro, mas o Direito sempre esteve nos meus planos. Eu cresci com esse sonho. Quando eu conheci o Rômulo (Costa), não imaginava apresentar a Furacão, já que eu sou muito tímida. Hoje em dia, eu não abro mão da minha carreira de apresentadora, mas o Direito nunca será deixado de lado. Rostinho bonito um dia acaba, e o conhecimento nunca é demais. RC: O que é mais difícil: ser advogada, apresentar o programa da Furacão ou ser a Priscila "mamãe em casa"?
Priscila Nocetti: Ser mãe é muito fácil porque eu amo a minha filha. Difícil é fazer, com o pouco tempo que me sobra, um momento bom para ela. Eu não tenho babá e, quando eu estou na rádio, ou gravando o programa, quem fica com ela é minha mãe. Quando a gente faz o que ama, tudo fica mais fácil.
RC: Antes de você entrar para a Furacão, você acompanhava os programas da equipe número 1 do Brasil?
Priscila Nocetti: Eu sou carioca, mas, quando eu tinha 11 anos, fui morar no interior de São Paulo, e lá só tocava country e sertanejo. Eu só ouvia funk quando vinha ao Rio passar as férias com a minha avó. Quando retornei de vez ao Rio e comecei a trabalhar em alguns lugares, fui chamada para ser promotora de vendas do batom da Furacão 2000. Foi aí que eu conheci o Rômulo e o mundo do funk.
RC: A gente não pode deixar nunca de sonhar. Por isso, eu quero que você conte um sonho seu.
Priscila Nocetti: Eu sonho que o Rio de Janeiro será uma cidade bacana daqui a alguns anos, e que os próximos governantes conseguirão desenvolver um trabalho legal para que minha filha cresça em uma cidade maravilhosa, sem violência.
Ricardo Gama: Além de apresentadora, advogada, você ainda é cantora. Como assim?
Priscila Nocetti: Pois é, eu meio que caí de pára-quedas. Todo mundo que me conhece, sabe que eu canto por brincadeira. Eu tenho muitos fãs, a maioria é criança e eu faço isso, mais para interagir no dvd, fazendo uma brincadeira com eles. Eu não gosto muito de cantar, mas eu amo estar com o público. Eu fico muito envergonhada. Se você me pedir para contar uma piada no palco, eu vou falar. Mas cantar, para mim é muito diferente.
RG: Você disse que tem um público infantil grande. Mas o movimento funk sofre muito preconceito, é muito perseguido.Você alguma vez, já teve que lidar com esse preconceito por ser apresentadora da Furacão 2000?
Priscila Nocetti: Não. O máximo pelo que já passei, foram algumas pessoas olhando torto, falando alguma coisa. Mas eu acredito, que se você faz um bom trabalho, mostrando quem você realmente é, as portas nunca irão se fechar, independente de você ser funkeiro ou não.
RG: E você como advogada, quis mostrar alguma coisa diferente para as meninas?
Priscila Nocetti: Eu busquei ser um referencial forte em relação aos estudos, a uma imagem positiva para as meninas. As meninas funkeiras que aparecem querem mostrar o corpo bonito, o bumbum. As meninas são inteligentes sim, por que não?! Então, com a minha faculdade, meu conhecimento, eu quis mostrar que todas elas podem ser mais. Não é o funk, que diminuí alguém. Todo mundo é capaz. O preconceito na verdade, só existe para quem se deixa atingir.
Fonte: Jornal MEIA HORA , Site Furacão 2000 e Blog Priscila Nocetti.
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